segunda-feira, março 31, 2014

o Golpe de 1964 salvou o Brasil de um outro golpe, da esquerda mundial.

Este é o trecho mais radical do G-11 de Brizola. Estilo Che Guevara.

Algumas informações que as pessoas precisam de conhecer.

1964, foi golpe ou contragolpe?
Uma pergunta somente para iniciar este artigo: Porque Francisco Julião e Gregório Bezerra do Partido Comunista Brasileiro criaram as Ligas Camponesas, armando e treinando seus militantes em táticas de guerrilha e ataque, e ainda, porque Brizola organizou o famoso G-11, células revolucionárias inspiradas na revolução russa de 1917, que arregimentou  quase 50 mil pessoas em 5 mil destas células, nos principais estados brasileiros, com um estatuto extremamente radical e belicoso?
Com certeza não queriam estes ilustres políticos esquerdistas confessos ficar só por ai, organizando milícias e pregando a sua ideologia. Tinham outros interesses.
Não tenho procuração para defender a revolução, não se pode julgar somente acertos de um regime e relevar os erros, mas a história precisa ser justa com as virtudes de cada governo, mesmo que no sentido amplo possamos criticar.
Vamos aos fatos, já devidamente documentados e comprovados pela história.
Estávamos no auge da guerra fria nos anos 60. A União Soviética e os EUA se engalfinhavam na disputa por aliados e territórios disseminando suas ideologias. De um lado o liberalismo americano e do outro o socialismo marxista soviético. Na ocasião não sabíamos quais eram as reais virtudes e os vícios de cada um oponente, mas depois da queda do muro de Berlim em 1989, a verdade veio à tona.
Os regimes comunistas via China e União Soviética com a colaboração de Cuba investiam na expansão de seus domínios e arregimentação de lideranças para atingir seus objetivos. Havia dinheiro, metodologias e lideranças externas conduzindo estas ações no Brasil e usaram estes célebres personagens que cito no início do artigo.
Os chamados folhetos cubanos foram disseminados no governo Jango pelo Movimento de Educação Popular (MEP), os folhetos serviram de inspiração às Ligas Camponesas, de Francisco Julião, e aos Grupos dos Onze (G-11), de Leonel Brizola.
O G-11 seria o embrião do EPL- Exército Popular de Libertação e podia-se  ler nas "Instruções secretas" do EPL e seus G-11, no item 8, "A guarda e o julgamento de prisioneiros": "Esta é uma informação para uso somente de alguns companheiros de absoluta e máxima confiança, os reféns deverão ser sumária e imediatamente fuzilados, a fim de que não denunciem seus aprisionadores e não lutem, posteriormente, para sua condenação e destruição". Afinal, reforço minha pergunta: Para que Brizola organizava este movimento? Isso não se faz sem recursos, quem o financiava?
Francisco Julião foi o principal líder das Ligas  Camponesas que colocavam fogo em canaviais e depredavam fazendas nos anos 60. No dia 27 Nov 1962, na queda de um Boeing 707 da Varig,  em Lima, Peru,  o Presidente do Banco Central de Cuba estava entre os passageiros. Foram encontrados relatórios de Carlos Franklin Paixão de Araújo, o então responsável pela compra de armas para as Ligas Camponesas.  Estes relatórios descreviam atrasos e malversação dos recursos cubanos investidos nas Ligas. Mais uma vez reforço a questão: Porque eles estariam armando e treinando camponeses e colocando dinheiro aqui?
O exército atento a estes movimentos estava preparado desde a deposição de Vargas em 1945 e o levante de 1955 contra JK, na verdade este levante foi contra o vice-presidente eleito João Goulart e não contra JK.
Jango tinha tendências claras esquerdistas, sofria de grande influência do cunhado Brizola e não seria grande empecilho se viesse mesmo o levante vermelho.
Era claro que o golpe seria questão de tempo.
Segundo a documentação apreendida nas células brizolistas, o golpe seria deflagrado no dia primeiro de maio de 1964, dia do trabalho com forte simbologia nacional e esquerdista.
Tenho para mim que o comício do dia 13 de março de 1964, preparado pelo governo e os sindicatos era para tentar consolidar, ou mesmo demonstrar que existia apoio popular para estas mudanças, mas não era bem assim.
O General Mourão Filho, chamado de apressado por Carlos Lacerda, partiu de Juiz de Fora em 31/03/1964 e deflagrou o golpe de 1964. O general Mourão Filho era um dos primeiros conspiradores. Nas suas memórias, ele cita fatos e sua preocupação com a influência comunista desde 1961 quando serviu no Sul sob o governo de Leonel Brizola. Mourão Filho tinha convicção que o movimento esquerdista existia há muito tempo e era só uma questão de momento para ser disparado.
Não há como negar que o IPES – Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais era financiado pelos EUA e por empresários. Com intenção clara de frear os avanços esquerdistas, era o contra ponto as ações dos Soviéticos na América do Sul e Brasil.
Existiam ações e recursos, dos dois lados. A questão seria quem deflagraria o golpe e quem seria o vencedor.
Não adianta agora demonizar a revolução de 1964. Ele teve seus vícios, mas teve suas virtudes. Talvez a maior delas seja ter impedido o Brasil de cair no golpe da esquerda. Cometeu erros, endureceu e desvirtuou nossa frágil democracia, mas na sua essência não eram estes os objetivos. Muito claro como a luz do sol o antagonismo do grupo de Castelo Branco e dos políticos que apoiavam o golpe, entre eles o próprio JK que votou em Castelo na eleição de 1965 e os chamados militares linha dura, liderados por Costa e Silva.
A linha dura tomou conta e desvirtuou os ideais de 1964, inquestionável e deplorável.
Nunca saberemos como seria se o lado vermelho lograsse seu êxito, mas podemos imaginar. Se muitos críticos acusam os militares que ficaram 21 anos no poder e muito fizeram pelo Brasil de ter entregado o Brasil aos EUA, e que teríamos sido expropriados pelo imperialismo ianque, perguntaria a eles: E se o outro lado ganhasse a guerra, por quem seriamos expropriados?
Não se apaga a história. Erros e acertos todo regime têm, mas é complexa a questão de comparar épocas e governos, com fatores exógenos distintos na política global, crises econômicas e fatores diversos que destoam de época para época.

Com todos os erros e vícios que teve o regime militar, loas a eles, só por terem nos salvado do desastre socialista já teria valido a pena.

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